Gente, sentimos muito aos familiares pelo acontecido, mas o caso da paciente Maria Elizabete da Silva, em foco, que foi a óbito no Hospital Regional de Pau dos Ferros por mordedura de cobra. Há muitos anos que apenas o Instituto Butantan produz o soro antiofídico e a distribuição é somente para os Hospitais Regionais. Sou médico, mas não sei do que ocorreu com o quadro da paciente, pois já atendi muitos casos de acidentes por cobra inclusive passado até quase 12 a 24 horas do acidente, principalmente porque a mesma já havia tomado 05 (cinco) ampolas e quando exatamente seria reavaliado o caso com o exame de Tempo de Coagulação, para a aplicação de mais soro que pode chegar ate a 20 ampolas, a paciente desenvolveu um quadro convulsivo provavelmente por sangramento interno e foi a óbito. Se houve negligência, foi por parte do Estado, pois o mesmo é responsável pelo paciente que sai do município e é atendido por uma unidade hospitalar pela qual é responsável.
Peço aos cidadãos que parem de colocar a saúde do município como vidraça, pois há muito tempo se está fazendo muita coisa na área, não é tudo porque os recursos são poucos, e principalmente quando é necessária a participação do Estado, como eu sempre dizia que rezava para esse novo governo melhorar pelo menos a saúde e segurança. Para que quando saísse um paciente do município fosse bem atendido e bem resolvido. Mas infelizmente estamos com os mesmos problemas. Não podemos fazer milagres, até porque só se observa quando ocorre um caso negativo, mas não se vê quantos pacientes, todas as semanas são feitos exames em Natal, em Mossoró e em outros centros, quantas cirurgias são feitas mensalmente. Olhe gente até advogado eu vi que deram opinião sobre o caso, não temos a menor culpa no caso, cabíamos fazer a urgência e encaminhar para o centro de referencia mais próximo que é Pau dos Ferros. Agora a questão de negligencia por parte do Hospital Regional, isso não podemos nos responsabilizar até porque dezenas de pessoas saem do município todos os dias para tratamento fora do município, e seria difícil acompanhar cada caso, mas se tiver havido esta negligencia, o município não teme, pode entrar contra o Estado, pois tenho a minha consciência tranqüila de como médico e como prefeito de ter sempre procurado fazer o melhor. Sem contar que acidentes com cobra pode em 0,5% ir a óbito, como por exemplo, em partos também pode ter óbito, como houve um caso em Antonio Martins e mais recente da locutora da Radio Vida de Martins. Só digo uma coisa, médico nenhum deseja a morte de um ser humano.
Lucidio Jácome
prefeito municipal.